A Polícia Civil do Paraná (PCPR) se tornou referência nacional e apresentou o funcionamento das Centrais Regionais de Flagrantes para as polícias civis do Amazonas e do Distrito Federal. As reuniões aconteceram entre os dias 11 e 15 de março, em Curitiba.

Durante as visitas, os representantes puderam trocar informações sobre a dinâmica do sistema durante o recebimento do procedimento de flagrante apresentado pelas forças de segurança e visitar as unidades da PCPR para compreender o funcionamento das Centrais Regionais.

De acordo com o Delegado Geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach, a visita serve para apresentar as boas práticas e métodos utilizados pela polícia do Paraná.

“Recebemos a visita para mostrar as estratégias adotadas para melhorar o atendimento, dar mais agilidade às investigações, um funcionamento que tem dado certo. É muito importante essa troca de informação, para que as outras polícias possam levar o que temos de bom, mas também para aprendermos com as experiências e, no final, quem ganha é a população que recebe um serviço cada vez melhor”, conclui.

As 13 Centrais Regionais de Flagrantes foram implementadas na PCPR a fim de padronizar a metodologia de atendimento e os procedimentos feitos nestas unidades, de forma a otimizar o uso do efetivo policial, diminuir o tempo de resposta e aprimorar a entrega dos trabalhos de polícia judiciária com o uso da tecnologia, que antes eram trabalhados de maneira isolada e menos tecnológica nas delegacias dos municípios.

O Delegado Geral do Amazonas, Bruno Fraga, pontua que a troca de conhecimento serviu para observarem o trabalho das centrais.

"Fizemos uma visita técnica para ver de perto o belíssimo trabalho das centrais que é desenvolvido aqui, como a metodologia trouxe resultados brilhantes para a população do estado do Paraná, permitindo que a Polícia Civil faça um trabalho investigativo ainda melhor, ainda mais eficiente, de forma a permitir que a segurança pública seja implementada com muito sucesso. Tenho certeza que todo o trabalho do Paraná vai ser levado como referência ao nosso Estado", afirma.

O sistema, que é referência nacional, funciona 24 horas por dia e são operadas por autoridades policiais plantonistas e seus agentes, designados a partir de escalas. A dinâmica utiliza videoconferência para atendimento de casos flagranciais apresentados no plantão pela Polícia Militar ou guardas municipais, como brigas, roubos, tráfico de drogas.

A Delegada de Polícia da Corregedoria da PCDF, Débora de Albuquerque Couto, afirma que a integração entre as polícias é de extrema importância.

"Esse intercâmbio de conhecimento, essa troca de experiência é muito importante para termos novas ideias, aprendermos com outras polícias. Fomos muito bem recebidos, estamos tendo uma experiência incrível e só temos a agradecer", conclui.

Com a divisão, também não há interrupção de trabalho de investigação em razão da apresentação de situações de flagrantes. Anteriormente, um agente de polícia judiciária interrompia o trabalho diário para receber o novo flagrante, mas isso só vai ocorrer se ele for o plantonista da central naquele dia. Dessa maneira, os diversos servidores envolvidos em outros inquéritos não precisam se dividir entre a continuidade das diligências e a abertura do novo inquérito.

Os novos procedimentos são frutos de 2 anos de trabalho de planejamento e mapeamento do trabalho da entidade no Paraná e traz uma série de vantagens: divide de forma equânime o serviço entre os policiais, restringindo a necessidade de quadro ocioso servidores plantonistas espalhados por todo o Estado; padroniza o atendimento ao público, às demais forças de segurança e a rotina de trabalho dos servidores após a saída de presos das estruturas das delegacias; e proporciona mais tempo aos delegados e agentes de polícia judiciária para se debruçarem sobre as atividades de investigação policial, em especial dos casos mais complexos, fora do dia a dia dos flagrantes.