A Polícia Civil do Paraná (PCPR) promoveu um curso avançado de Direitos e Atendimento a Grupos Vulneráveis. Cerca de 100 policiais civis de diversas unidades policiais participaram do evento, que aconteceu no dia 25 de junho, na Escola Superior da Polícia Civil (ESPC), em Curitiba.

A iniciativa faz parte dos Cursos Avançados de Padronização de Procedimentos da PCPR, que têm como objetivo desenvolver as habilidades profissionais dos policiais, capacitando-os para desempenhar suas atividades em unidades especializadas, além de ampliar seus conhecimentos, contribuindo com a qualificação dos servidores para diferentes funções. 

Esta é 12ª edição dos cursos, ao longo da instrução foram abordados temas relacionados ao atendimento e direitos ligados a pessoa idosa, pessoa com espectro autista e população LGBTI+. Além das questões centrais envolvendo racismo e da discriminação racial.

O delegado da PCPR e chefe do Núcleo de Direitos Humanos e Proteção a Vulneráveis da PCPR, Vyctor Grotti, explica que além da atividade investigativa, a unidade tem como função capacitar os servidores para os atendimentos.

"Junto à Escola Superior da Polícia Civil, nós conseguimos organizar o curso avançado que serve para mostrar não somente os direitos, mas como devem ser feitos os atendimentos a cada grupo que tem questões a serem levadas em consideração”, completa. 

Uma das palestrantes do evento, mãe de autista, advogada e conselheira estadual da Organização Neurodiversa pelos Direitos das Pessoas Autistas (Onda Autismo), Aline Milanez, abordou sobre o Transtorno Espectro Autista (TEA). 

“A importância desta capacitação se dá desde o atendimento em delegacia até em abordagem em que pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) estejam presentes, sempre buscando preservar as integridades física e psicológica de todos os envolvidos na cena”, reforça a advogada.

UNIDADE ESPECIALIZADA- Em casos de crimes, todas as delegacias de polícia judiciária do Paraná estão aptas a promover o atendimento e investigação de crimes contra a pessoa idosa. Na Capital, em casos de crimes de autoria incerta ou ignorada, a apuração é realizada pelo Núcleo de Direitos Humanos e Proteção a Vulneráveis da PCPR.  

O núcleo é um setor de referência para orientação e atendimento de casos que envolvam crime de ódio contra vulneráveis. A instituição busca monitorar todo o trajeto desde quando o cidadão em situação de vulnerabilidade acionou o pedido de ajuda, até a efetiva solução da demanda.