PCPR possui delegacias especializadas na proteção de criança e adolescente vítimas de crimes 16/01/2023 - 16:40
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) possui delegacias especializadas na proteção de criança e adolescente. O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) é a unidade responsável por investigar crimes de violência psicológica, física e sexual e busca garantir a segurança, tranquilidade e equilíbrio emocional do público infanto-juvenil e de seus familiares.
A delegacia, que atua desde 2014, apura crimes de lesão corporal grave, gravíssima ou qualificadas pela violência doméstica, como estupros, situações de pedofilia, tortura e outros crimes. No local são atendidas crianças de 0 a 12 anos incompletos.
“Essa unidade policial tem um ambiente acolhedor e humanizado, que tem como finalidade evitar a revitimização desse público infanto-juvenil", conta a delegada da PCPR Ellen Vycter. A delegacia possui um ambiente lúdico, com pinturas e atividades recreativas, para estimular a coordenação motora de crianças e tornar o ambiente agradável.
A delegada da PCPR explica que para que o atendimento seja adequado, os servidores passam regularmente por capacitação para melhor atender as vítimas e familiares.
ESCUTA ESPECIALIZADA – Ainda no objetivo de manter a criança e adolescente vítima de crime em um ambiente acolhedor, a unidade conta com uma escuta especializada. As oitivas são realizadas por psicólogos em uma sala lúdica.
“Essa forma de escuta tem o objetivo de assegurar o acompanhamento da vítima ou da testemunha de violência para a superação das consequências da violação sofrida, limitado ao estritamente necessário para o cumprimento da finalidade de proteção social e de provimento de cuidados”, informa a delegada da PCPR.
UNIDADES - Atualmente a PCPR conta com sete unidades, em Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Paranaguá e Ponta Grossa.
RESULTADOS – No ano de 2022, o Nucria Curitiba concluiu mais de 320 inquéritos policiais. As investigações resultaram em mais de 90 prisões, sendo 38 por mandados de prisão e 61 em flagrante.
Os crimes de estupro de vulnerável, lesão corporal e maus tratos são os com maior incidência. As 2.320 escutas especializadas foram fundamentais para a conclusão dos procedimentos.
Ainda no ano de 2022, a unidade registou mais de 1,8 mil boletins de ocorrência.
PARANAGUÁ - Na unidade de Paranaguá, no Litoral do Estado, foram instaurados 137 inquéritos policiais e houveram mais de 10 prisões. Na região os crimes mais frequentes foram estupro de vulnerável, importunação sexual e lesão corporal.
PONTA GROSSA – Na cidade dos Campos Gerais, foram instaurados 268 inquéritos policiais. Os crimes com maior incidência são estupro de vulnerável, lesão corporal e importunação sexual. Ainda nesta unidade, as investigações resultaram em 13 prisões.
FOZ DO IGUAÇU - No Oeste do Estado, foram 181 inquéritos policiais instaurados. Uma prisão foi realizada no município. Estupro de vulnerável, lesão corporal e fornecimento de produtos que causem dependência química são os crimes mais frequentes.
MARINGÁ - No Nucria de Maringá foram 270 inquéritos policiais, sendo que os crimes de maior incidência são lesão corporal e crimes sexuais. As investigações resultaram em seis prisões e seis mandados de busca.
CASCAVEL – Na unidade de Cascavel foram registrados instaurados 298 inquéritos. O crime de estupro de vulnerável foi o mais recorrente. Foram cumpridos quatro mandados de prisão.
LONDRINA – No município da região Norte do Estado, foram concluídos 354 inquéritos e realizadas seis prisões. Na região os crimes mais frequentes são estupro de vulnerável, lesão corporal e maus tratos.
DENÚNCIAS - Aquele que tomar conhecimento da prática de algum crime contra criança ou adolescente tem o dever de formalizar a denúncia.
A PCPR solicita a colaboração da população com informações que auxiliem em casos e investigações de violência contra crianças e adolescentes. As denúncias podem ser feitas de forma anônima através do 197, da PCPR e 181 do Disque Denúncia.
Se a violência estiver ocorrendo naquele momento, a pessoa deve acionar a Polícia Militar, por meio do 190.