PCPR mira organização criminosa envolvida em fraudes de licitações de prefeituras 16/07/2021 - 18:00
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou uma operação contra organização criminosa que utilizava empresas de fachada responsáveis por fraudes em processos licitatórios. A ação ocorreu nesta quinta-feira (15) e teve como objetivo cumprir 59 ordens judiciais. Entre os investigados há servidores públicos e agentes políticos.
As ordens foram cumpridas respectivamente em 39 endereços de pessoas físicas e 20 em setores de prefeituras. Durante a ação, a PCPR apreendeu documentos que vão auxiliar no andamento das investigações.
Mais de 120 policiais participam da ação simultaneamente nos municípios de Alto Piquiri, Goioerê, Juranda, Anahy, Braganey, Campo Bonito, Cascavel, Quatro Pontes, São José das Palmeiras, Ouro Verde, São Pedro do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques, Capanema, Realeza, Catanduvas, Três Barras do Paraná e Rio Bonito do Iguaçu.
CRIMES – Após investigações de alta complexidade, a PCPR constatou que o grupo criminoso seria responsável por criar empresas de fachada com funcionários laranjas e a participação de servidores públicos. Eles seriam responsáveis por fraudar processos licitatórios e causar prejuízos aos cofres públicos.
As investigações tiveram início em março de 2019 com intuito de apurar as irregularidades na aquisição de peças de reposição de máquinas pesadas, que compõem a frota de veículos da Prefeitura de Missal.
Posteriormente, foi apurado que os crimes estavam ocorrendo em outros municípios da região Oeste. Durante as diligências, a PCPR constatou que havia o recebimento de peças como sendo novas, o superfaturamento de preços e o pagamento de peças que não eram entregues ou utilizadas.
Há indícios de fraudes e acertos indevidos em licitações de 2017, 2018 e 2019. Os suspeitos são investigados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa.
FASE 1 – Essa é a segunda fase da operação. Na primeira, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão. Na ocasião, a PCPR apreendeu diversos documentos que auxiliaram no andamento das investigações, como bilhetes de controle manual quanto ao pagamento de propina a diversos servidores e agentes públicos que mantinham contratos de venda de peças ou serviços para máquinas pesadas.