A Polícia Civil do Paraná (PCPR) indiciou um homem por feminicídio ocorrido em Quedas do Iguaçu, no Oeste do Paraná. O indivíduo foi preso em Campinas, em São Paulo, no dia 6 de fevereiro deste ano, durante uma operação da PCPR com auxílio da Polícia Civil de São Paulo (PCSP). 

O crime aconteceu no dia 9 de maio de 2022. Na ocasião, Marian Braga foi encontrada morta na residência onde morava, no bairro Iagoda. De imediato, a PCPR iniciou as diligências a fim de estabelecer a dinâmica do fato. No início das investigações, acreditava-se que o caso seria suicídio, mas as investigações mostraram que se tratava de feminicídio seguido de fraude processual, uma vez que a cena do crime foi alterada.

"Na época dos fatos, o indivíduo afirmou que estava na cidade de Campinas no dia do crime. Todavia, a investigação apurou que o investigado estava em Quedas do Iguaçu, e que, inclusive, foi até a residência da vítima na noite do crime. Após a vítima ter sido morta, ele saiu da residência e trancou a porta, com intuito de desviar e induzir em erro as investigações, fazendo com que toda a comunidade local acreditasse se tratar de um suicídio", conta o delegado da PCPR Emanuel Almeida.

Após o crime, foi comprovado que o indivíduo transitou com o veículo em diversos pontos do Paraná e São Paulo, inclusive na noite do crime, se deslocou até a residência. Em posse das informações, ele escreveu uma carta e informou à equipe da delegacia da PCPR que havia ido até a casa da vítima, mas que ela teria se enforcado, não explicando o motivo de não ter prestado socorro ou chamado alguma força de segurança. 

Durante as investigações, a PCPR representou pela prisão temporária do indivíduo, que foi cumprida durante uma operação no dia 6 de fevereiro. Posteriormente, outras testemunhas se encorajaram e foram até a delegacia prestar depoimentos. O homem foi indiciado por feminicídio e foi solicitada a conversão da prisão temporária para a preventiva. O inquérito foi concluído e encaminhado ao sistema penitenciário. 

OPERAÇÃO ÁTRIA- A ação faz parte da Operação Átria, sob coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que prevê ações em âmbito nacional no combate à violência contra a mulher.