PCPR indicia homem por estelionato contra vulneráveis em Ponta Grossa 16/01/2025 - 13:51
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu dois inquéritos que resultaram no indiciamento de um homem, de 33 anos, pela prática de estelionato. Os crimes foram cometidos em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais.
As investigações tiveram início em agosto de 2024 após a primeira vítima, um jovem de 22 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), registrar boletim de ocorrência.
O rapaz trabalhava no mesmo setor que o indiciado e o golpe foi descoberto quando a mãe do rapaz recebeu um cartão bancário em nome do filho, de uma instituição onde ele não possuía conta.
Segundo as investigações, o indiciado conduziu a vítima até o banco sob o pretexto de ajudá-la a desbloquear um cartão. Na ocasião, ele abriu uma conta em nome do jovem, realizou um saque de R$ 1.664,99 e contratou um empréstimo consignado de R$ 30.075,66.
Para evitar que a vítima fosse alertada sobre as movimentações, o suspeito cadastrou seu próprio número de celular na conta, recebendo todas as notificações. As investigações revelaram diversas movimentações bancárias e transferências via PIX do valor do empréstimo para a conta do indiciado.
O segundo caso foi registrado em setembro de 2024, quando um homem, de 42 anos, também pessoa com deficiência, foi vítima de um golpe de R$ 60 mil aplicado pelo mesmo suspeito. O criminoso enviou diversas mensagens e áudios via aplicativo de mensagem solicitando documentos pessoais e comprovante de residência da vítima, alegando que seriam utilizados em seu trabalho de conclusão de curso sobre acessibilidade na prefeitura municipal.
Para ganhar a confiança da vítima, chegou a visitá-la em sua residência, onde tirou fotografias que também foram utilizadas para prática do crime. Com a documentação obtida, abriu contas bancárias e realizou empréstimos em nome da vítima, transferindo os valores para sua própria conta.
O prejuízo total identificado nas duas ocorrências aproxima-se de R$ 100 mil.
"A Polícia Civil solicitou o bloqueio dos valores nas contas bancárias do investigado e os inquéritos foram encaminhados à Justiça, onde as penas máximas dos crimes somadas podem ultrapassar doze anos de reclusão", ressalta o delegado da PCPR Gabriel Munhoz.
GOLPES - A PCPR alerta a população sobre o aumento de golpes direcionados a grupos vulneráveis, principalmente em face de pessoas com deficiência e idosos. É fundamental que familiares e responsáveis estejam atentos a movimentações bancárias suspeitas e que jamais forneçam documentos pessoais ou autorizem terceiros a realizar operações financeiras em seu nome.
Em caso de suspeita de golpe ou fraude, a orientação é registrar imediatamente um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou no site da PCPR, permitindo que as autoridades investiguem o caso e previnam novas ocorrências.