A Polícia Civil do Paraná (PCPR) formou 186 novos servidores, sendo 176 escrivães, 9 investigadores e 1 delegado, nesta quinta-feira (19), no Teatro Positivo, em Curitiba. O curso de formação da Escola Superior de Polícia Civil (ESPC) é o primeiro do Brasil com nível de pós-graduação.

A jornada teve duração de quase 8 meses, totalizando 990 horas/aula. Durante esse período, os alunos passaram por um intenso treinamento dividido em 80 matérias, entre aulas teóricas e práticas. Entre as disciplinas ministradas estão noções sobre legislação, gestão de atendimento ao público, investigações policiais, uso legal da arma de fogo, operação policial, práticas cartorárias, entre outras.

A formação dos novos policiais veio para suprir um deficit de efetivos que a PCPR vinha sofrendo ao longo dos anos. Para o Delegado Geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach, a formatura é fundamental para a instituição e para realizar um bom atendimento a população. “São pessoas altamente qualificadas, com cursos em diversas áreas. A gente tem certeza de que eles vão agregar muito e que a qualidade do serviço que vem sendo prestado vai melhorar com os novos policiais que a partir de hoje passam a compor os quadros da polícia civil.", completa.

Para o Secretário da Segurança Pública do Paraná, Romulo Marinho Soares, orgulho define a formação dos novos servidores. “Para nós da Segurança Pública é uma honra muito grande poder entregar para a Polícia Civil quase 200 novos integrantes para fortalecer nesse momento em que a PCPR está se reinventando.”, afirma.

A reinvenção que Marinho menciona é a nova gestão e o fim das carceragens em delegacias do Paraná. “Estamos fazendo a retirada de quase 12 mil presos das delegacias. Esses presos serão transferidos para o sistema prisional do nosso estado. Além disso, estamos com diversas delegacias cidadãs em construção em todo o Paraná, elas estão sendo implementadas para atender de maneira adequada e eficiente a nossa sociedade paranaense”, completa o Secretário.

ENSINO À DISTÂNCIA- Uma novidade deste ano foram as aulas na modalidade de Ensino à Distância (EaD), devido a pandemia, 58% do curso foi em EaD. Segundo o diretor da Escola Superior de Polícia e delegado da PCPR, Luiz Alberto Cartaxo Moura, a metodologia continuará presente nos próximos anos.

“O EaD chegou para ficar, é uma solução ágil, barata e inteligente de produzir ensino. Claro, existem disciplinas que nós temos que trabalhar presencialmente, mas vamos usar muito a modalidade, não só para minimizar custos, como também para otimizarmos certas disciplinas que no EaD serão melhores do que presencial” afirma o delegado.

O formando Adriano Ribeiro da Cunha relata sua experiência nas aulas, “esse curso de formação foi super completo, tivemos excelentes professores, tudo que aprendemos vamos poder aplicar, e com certeza, as estatísticas da polícia civil tendem a melhorar com o trabalho”, conta o novo policial.

De acordo com o escrivão e formando Guilherme Mário Hensel após muito esforço ele está preparado para cumprir seu papel. “A gente sabe que está chegando para suprir uma necessidade muito grande, eu e meus colegas estamos cientes disso, estamos empenhados para poder ajudar e vir a somar na instituição”, ressalta o aluno.

Após uma longa jornada, a sensação é de realização tanto para os alunos como para os familiares. Carla Maus Pluchno, esposa do novo policial civil Victor Alencar Pluchno, conta que ver o marido concretizando um sonho que possui desde criança é gratificante. “Foi dificil, precisou de muita renúncia, ele deixou de lado muita coisa porquê precisava estudar, mas agora a gente vê que valeu a pena”, afirma emocionada.

PRESENÇAS- Participaram do evento, o Delegado Geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach; o diretor da ESPC, delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, o Secretário de Segurança Pública Romulo Marinho Soares; o Delegado Geral Adjunto, Riad Braga Farhat, o Corregedor Geral da PCPR, Marcelo Lemos de Oliveira, tenente-coronel Wagner Lucio dos Santos representando o Comandante Geral Coronel Hudson Leôncio Teixeira, o Diretor Geral da SESP, Coronel João Alfredo Zampieri, entre outros delegados de polícia, investigadores, escrivães, professores e familiares.