PCPR emite em média sete laudos de perícia necropapiloscópica por dia em Curitiba 28/01/2021 - 15:20

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) emite sete laudos de perícia necrocopapiloscópica por dia em Curitiba. O trabalho envolve a coleta das digitais de cada um dos cadáveres que chegam ao Instituto Médico Legal (IML), a busca por identificação e a emissão do laudo. O documento é exigido para que o corpo seja liberado para familiares no IML.  

Em 2019 a PCPR periciou 3.010 cadáveres de 3.200 que deram entrada no IML em Curitiba. Já no ano passado o número foi de 2.492 laudos de perícia necropapiloscópica emitidos de um total de 2.493 corpos recebidos pelo IML.   

Esse é o trabalho que foi realizado em 16 das 19 vítimas fatais do ônibus de turismo que tombou na BR-376 em Guaratuba, Litoral do Estado, na segunda-feira (25).  

Os corpos das vítimas chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba por volta das 13h, no dia do acidente, de imediato os papiloscopistas da PCPR iniciaram a coleta das digitais.   

O delegado Marcus Michelotto, afirma que o trabalho de perícia da PCPR foi coordenado aos das demais forças de segurança. “Logo que recebemos a notícia do acidente e do número possível de vítimas encaminhamos ao IML reforços na equipe de papiloscopistas para que a identificação dos corpos fosse a mais rápida possível, e assim, para que pudéssemos liberá-los para os enterros, buscando trazer dignidade e amenizando a dor das famílias”, disse.  

A papiloscopista da PCPR, Ana Libera Weber, explica que o serviço envolveu a coleta papiloscópica, ou seja, das digitais, e a integração com o Instituto de Identificação do Pará. “Nós fazemos isso diariamente com todos os corpos que dão entrada no IML. A diferença é que em situações de tragédia existe maior demanda de trabalho e a necessidade de acelerar o processo para dar resposta aos familiares”, conta.  

Quatro dos 16 corpos tinham suposta identificação, quando os papiloscopistas iniciaram a perícia. Antes de iniciar a identificação, Ana diz ter sido necessário eliminar as vítimas que não estavam no IML, ou seja, aquelas que foram encaminhadas para hospitais ou mesmo já haviam sido liberadas por não precisarem de cuidado médico.  

Para confrontar as digitais coletadas, a PCPR requereu ao órgão do Pará a coleta individual papiloscópica dos passageiros do ônibus. Essas informações são arquivadas na base de dados de registro geral. Por volta de 17h30 do dia 25 o órgão paraense encaminhou a documentação de 15 vítimas.  

Em cinco horas os papiloscopistas da PCPR confrontaram as digitais recebidas do Pará com as coletadas dos corpos e emitiram os laudos de perícia necrocopapiloscópica de 15 vítimas. Apenas um cadáver teve o laudo emitido por volta de 11h30 do dia 26, após recebimento das informações do estado de registro da vítima.  

A Polícia Científica do Paraná foi a responsável pela identificação das outras três vítimas (um bebê, de uma criança e uma adolescente), que não possuem registros papiloscópicos em seu estado de origem.  Para essas identificações os peritos utilizaram técnicas de odontologia legal e genética forense.

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