A Polícia Civil do Paraná (PCPR), com o apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR) e Guarda Civil Municipal de São Paulo (GCM-SP), prendeu três homens e apreendeu um adolescente pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, tortura, ocultação de cadáver e organização criminosa para o tráfico de drogas. As capturas aconteceram nesta quarta-feira (12), em Sengés, na região dos Campos Gerais, e em Itararé, em São Paulo.

A operação foi deflagrada após investigação sobre o homicídio de Eunice Fernandes de Oliveira, de 33 anos. O corpo da vítima foi localizado em uma cova rasa nos arredores da zona urbana de Sengés, com sinais de tortura, queimado e sem as mãos. A vítima estava desaparecida desde o dia 7 de janeiro de 2025. O reconhecimento foi realizado por meio de vestes encontradas junto aos restos mortais e confirmado por confronto genético.

Segundo o delegado da PCPR Isaias Fernandes, a vítima foi levada para um julgamento promovido por suspeitos ligados ao tráfico de drogas, sob a acusação de furto. A sessão de tortura e o homicídio foram transmitidos ao vivo para integrantes do grupo criminoso. Após ser agredida, a vítima foi morta com golpes de madeira. Em seguida, teve o corpo queimado e enterrado na área onde foi encontrado no dia 6 de fevereiro de 2025 por um morador, que acionou as autoridades.

Durante a investigação, a Polícia Civil reuniu provas que indicam que o grupo também submeteu outra vítima a uma sessão semelhante em 30 de dezembro de 2024, na mesma região. A vítima, uma mulher de 38 anos, foi acusada de traição e torturada da mesma forma. O crime também foi filmado e transmitido. 

“Apesar das agressões, a mulher sobreviveu e conseguiu buscar socorro. Ela foi hospitalizada em estado grave e permaneceu internada na UTI por 15 dias. Atualmente, enfrenta dificuldades de locomoção devido às lesões”, explica.

As autoridades investigam o paradeiro de uma possível terceira vítima do grupo, que está desaparecida. Os suspeitos presos possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O adolescente envolvido foi apreendido e encaminhado ao Centro de Socioeducação (Cense). Os investigados podem enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 60 anos de reclusão.

O delegado ainda destacou que a parceria entre as forças de segurança foi apontada como fundamental para o sucesso da operação e a elucidação de crimes graves na região. Os capturados foram encaminhados ao sistema penitenciário.