PCPR prende 10 em operação contra fraudes em licitações em São Miguel do Iguaçu 13/11/2019 - 12:30

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou, na manhã de quarta-feira (13), uma operação contra uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações no município de São Miguel do Iguaçu. Dez investigados foram presos, sendo um por mandado de prisão preventiva e nove por prisão temporária.  Também foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão. As ações policiais ocorreram em Foz do Iguaçu, Itaipulândia e São Miguel do Iguaçu, todos no Oeste do Estado. 

De acordo com a investigação, iniciada no mês de maio desse ano, foram encontradas irregularidades na contratação de empresas para aquisição de pedras pela Prefeitura de São Miguel do Iguaçu. O município estaria adquirindo pedras a preços superiores aos praticados nas cidades próximas.

Durante esse período, a PCPR constatou que cinco empresas, desde 2013, contrataram com o município para venda de pedras, além da locação de caminhões e máquinas para transporte de pedras. Segundo informações, as empresas juntas teriam arrecadado de forma ilícita quase R$ 19 milhões.

A PCPR suspeita que quatro empresas, que apresentavam laranjas em seu quadro societário, seriam de propriedade de uma só pessoa, que se oculta por meio do uso de terceiros.

Os delitos abrangem a Secretária de Obras do Município, na contratação de serviço de locação de caminhões e máquinas e aquisição de pedras, assim como a Secretária de Assistência Social por meio de fraudes no processo licitatório que envolve o Centro Integrado de Trabalho, Educação e Lazer (Citel). 
 
Segundo a PCPR, os investigados associaram-se de forma estruturalmente ordenada e com divisões de tarefas para a prática de diversos crimes por meio das empresas fraudulentas. Há indícios ainda de ocultação de valores, provenientes de infrações penais, considerando a identificação de bens em nome de terceiros ligados ao grupo criminoso. Nenhum deles apresentava condições financeiras para aquisição de tais bens.

Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, fraude ao processo licitatório, falsidade Ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.

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