PCPR indicia casal por manter casa de prostituição em Planalto 05/06/2019 - 17:50
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) indiciou duas pessoas por manter uma casa de prostituição e reduzir mulheres à condição análoga à de escravo, na zona rural de Planalto. O homem de 60 anos e a mulher de 56 anos mantinham três mulheres em um imóvel próximo à PR-281, onde lucravam com a prostituição das vítimas e cobravam valores de moradia e alimentação.
A denúncia de restrição de liberdade das duas mulheres, de 20 e 35 anos, chegou no dia 25 de maio à PCPR por volta das 15h. Durante uma discussão entre uma das vítimas e o casal proprietário da casa de prostituição, uma das mulheres conseguiu fugir e fazer uma ligação à Polícia Militar próximo à rodovia estadual.
A vítima reclamava das supostas dificuldades que estavam enfrentando para sair do imóvel. Duas delas afirmaram que teriam dito aos suspeitos que iriam embora, porém tiveram a saída negada frente às dívidas que teriam com o estabelecimento ilegal. Segundo as mulheres, os proprietários exigiam a permanência entre 15 e 20 dias para que elas quitassem as dívidas antes de irem embora.
Para manter as mulheres no local, o casal desligou o sinal de internet sem fio, o que dificultou a comunicação delas. No local, a PCPR verificou que as janelas eram gradeadas e o acesso era difícil. Além disso, o imóvel é isolado na zona rural. No local a PCPR apreendeu 925 dólares e cerca de R$ 2 mil.
O homem foi preso em flagrante pelos crimes de favorecimento à prostituição, manutenção de casa de prostituição, ameaça, importunação sexual, rufianismo qualificado e redução a condição análoga à de escravo. A mulher dele responderá pelos mesmos crimes em liberdade.
O casal já tem passagem por crimes semelhantes. Em 2015, foram indiciados pelos crimes de sequestro, cárcere privado e furto. Em 2013, foram indiciados por estelionato. O homem está preso preventivamente na carceragem da PCPR e disponível à Justiça.
A PCPR fechou o imóvel e notificou a Prefeitura Municipal, o Ministério Público do Trabalho e a Vigilância Sanitária sobre o caso.