PCPR cumpre mandados contra suspeitos de lesar o Estado do Paraná em mais R$ 125 milhões 28/05/2019 - 10:00

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou, na manhã desta terça-feira (28), a operação “Peça Chave”, que investiga diversos crimes praticados por pessoas ligadas à empresa JMK, responsável pela manutenção de veículos oficiais do Estado do Paraná. A atividade criminosa estaria ocorrendo desde o início da execução do contrato. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em mais de R$ 125 milhões.

Mais de 100 policiais civis participam da operação que resultou na prisão preventiva de 15  pessoas suspeitas de envolvimento com o esquema criminoso e no cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão, em diversos bairros de Curitiba.

Ao todo foram apreendidos 16 veículos, sendo Hyundai ix35, Jeep renegade, Jetta, Mercedes Bens GLE350D, Mercedes bens C180FF, Mercedes bens AMG GLC43, BMW M2, Jeep Compass, Fiat argo, Jeep renegade, Land rover discovery, Fiesta, Audi Q3, Mercedes, BMW x5 e Porsche.

Também foram cumpridas ordens judiciais para bloqueio de contas bancárias e apreensão de 24 veículos de luxo utilizados pela organização criminosa. Os mandados foram expedidos pela 8ª Vara Criminal de Curitiba.

A investigação da PCPR aponta que os responsáveis pela JMK, teriam estabelecido uma sistemática que envolvia a falsificação e adulteração de orçamentos de oficinas mecânicas, de modo a elevar o valor do serviço prestado, provocando superfaturamentos que chegam à 2450%. Além disso, utilizariam peças do mercado alternativo, de qualidade e preço inferior, na manutenção de ambulâncias e viaturas policiais, cobrando do Estado como se fossem peças originais.

Os líderes do esquema teriam criado uma complexa estrutura, que envolve “laranjas”, dezenas de familiares e empresas de fachada, para ocultar e dissimular a origem criminosa do dinheiro.

Segundo as investigações, a organização criminosa teria praticado os crimes de fraude à licitação, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, inserção de dados falsos no sistema, fraude na execução do contrato e lavagem de dinheiro.

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