A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu 156 procedimentos administrativos disciplinares (PAD) entre janeiro e setembro deste ano. Do total, 64% eram procedimentos conduzidos fora das unidades da corregedoria do Estado. O objetivo é zerar esse modelo de tramitação, em que os delegados de várias partes do Paraná acumulam responsabilidades com a condução dos ritos envolvendo servidores.

O corregedor-geral da PCPR, Marcelo Lemos de Oliveira, explica que desde o início do ano a equipe busca implementar soluções de trabalho para melhorar a gestão nas unidades correcionais. Além da sede da corregedoria na Capital, existem estruturas em Londrina, Cascavel, Guarapuava e Maringá.

Com a aprovação do planejamento estratégico da PCPR, Lemos diz que o método antigo de tramitação dos processos administrativos foi corrigido. “A presidência dos PADs eram distribuídas pelos delegados do Estado. Isso acarretava demora, pois os delegados precisavam se dividir com a investigação de homicídios e outros crimes”, conta.

Este ano, todos os 100 novos procedimentos instaurados passaram a ser conduzidos diretamente pelas unidades da corregedoria. “Isso dará mais celeridade, porque os servidores que irão conduzir os processos serão especializados e obedecerão o rito processual de forma rigorosa”, disse o corregedor-geral.

BALANÇO – Em janeiro deste ano a Corregedoria Geral da PCPR somava 200 PADs em curso. Entre os 156 procedimentos administrativos disciplinares concluídos estão sindicâncias simples e sindicâncias para confirmação de cargo. Desses, 36% (56) foram concluídos na esfera das unidades correicionais.

Todos os procedimentos concluídos são encaminhados ao Conselho da Polícia Civil, o órgão competente para julgamento. A Corregedoria Geral da PCPR ainda é responsável pela apuração preliminar de fatos que podem vir a ser considerados transgressão disciplinar e inquéritos policiais especiais objetivando apurar eventuais crimes cometidos no exercício da função.